quinta-feira, 23 de maio de 2013

OFICINA: Como é sua escola?




     Os professores e professoras construíram, em um papel pardo, por meio de tintas e recortes o retrato da escola em que trabalham.
Título dado pelos participantes: A escola, o presente e o futuro
    Os/as participantes descrevem a escola como espaço de expressão da sexualidade. No dia a dia vêem alunos/as que não assumem sua sexualidade por causa do ambiente repressivo. A escola pode ser um espaço de liberdade porque na interação entre estudantes a questões da sexualidade aparecem de forma bem menos regulada que no cotidiano das aulas.
    A escola é vista como uma ‘queda de braço’, como um espaço em disputa. Começa a surgir o que estava silenciado e que na contemporaneidade já se expressa. O/a professor/a não é um impedimento para a expressão dos/as alunos/as?
    O espaço escolar pode construir meias verdades, um espaço nebuloso que dificulte as identidades se expressar e produzir-se a partir do seu repertório identitário que está a se construir.
   Escola vem se modificando, mas segundo os participantes, a linguagem usada é heteronormativa*, criminalizadora das outras formas e altamente masculinizada. É um espaço desafiador, marcado por uma suposta ‘virilidade’, onde as drogas, a fala autoritária, as violências e os jogos de poder se fazem presentes nos corredores e  nas sala de aula.

                                                                A ESCOLA CONSTRUIDA
A VISÃO DA CRIANÇA SOBRE A ESCOLA



 A heteronormatividade, segundo Guacira Louro produz:

[...] os sujeitos que, por alguma razão ou circunstância, escapa da norma e promovem uma descontinuidade na seqüência sexo/gênero/sexualidade serão tomados como minoria e serão colocados à margem das preocupações de um currículo ou de uma educação que se pretenda para a maioria. Paradoxalmente, esses sujeitos marginalizados continuam necessários, pois servem para circunscrever os contornos daqueles que são normais e que, de fato, se constituem nos sujeitos que importam (LOURO, 2004b: 27, grifos nossos).

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