Os professores e professoras construíram, em um papel pardo,
por meio de tintas e recortes o retrato da escola em que trabalham.
Título dado pelos participantes: A escola, o presente e o
futuro
Os/as participantes descrevem a escola como espaço de
expressão da sexualidade. No dia a dia vêem alunos/as que não assumem sua
sexualidade por causa do ambiente repressivo. A escola pode ser um espaço de
liberdade porque na interação entre estudantes a questões da sexualidade
aparecem de forma bem menos regulada que no cotidiano das aulas.
A escola é vista como uma ‘queda de braço’, como um espaço
em disputa. Começa a surgir o que estava silenciado e que na contemporaneidade
já se expressa. O/a professor/a não é um impedimento para a expressão dos/as
alunos/as?
O espaço escolar pode construir meias verdades, um espaço
nebuloso que dificulte as identidades se expressar e produzir-se a partir do
seu repertório identitário que está a se construir.
Escola vem se
modificando, mas segundo os participantes, a linguagem usada é
heteronormativa*, criminalizadora das outras formas e altamente masculinizada. É
um espaço desafiador, marcado por uma suposta ‘virilidade’, onde as drogas, a
fala autoritária, as violências e os jogos de poder se fazem presentes nos
corredores e nas sala de aula.
A ESCOLA CONSTRUIDA
A VISÃO DA CRIANÇA SOBRE A ESCOLA
A heteronormatividade,
segundo Guacira Louro produz:
[...]
os sujeitos que, por alguma razão ou circunstância, escapa da norma e promovem
uma descontinuidade na seqüência sexo/gênero/sexualidade serão tomados como
minoria e serão colocados à margem das preocupações de um currículo ou de uma educação
que se pretenda para a maioria. Paradoxalmente, esses sujeitos marginalizados
continuam necessários, pois servem para circunscrever os contornos daqueles que
são normais e que, de fato, se constituem nos sujeitos que importam (LOURO, 2004b:
27, grifos nossos).
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